domingo, 12 de novembro de 2017

As eleições dos Estados Unidos


Os eleitores dos Estados Unidos da América escolhem seu presidente a cada quatro anos. De modo geral, a votação é similar à que ocorre em Portugal: no dia das eleições, os eleitores vão às urnas e votam no candidato de sua escolha, de modo secreto.

A diferença reside no caráter indireto das eleições americanas. Ao contrário de Portugal - onde a totalidade dos votos dos cidadãos é somada e, disso, concluído o vencedor das eleições - nos Estados Unidos o voto do eleitor não vai diretamente para o seu candidato. Os votos dos eleitores de cada Estado (ainda que dados para candidatos específicos) servem para eleger delegados no Colégio Eleitoral (Electoral College). São estes que representarão os eleitores do estado na escolha final do futuro presidente.

Note-se que, o Colégio Eleitoral é composto por 538 assentos, dos quais pelo menos 270 votos (maioria mínima) são necessários para se decretar um vencedor.

No entanto, na maioria dos casos, a determinação final dos votos de cada Estado é absoluta, e não proporcional. Isto é: mesmo que o candidato X derrote o candidato Y no Estado W por 55% contra 45% dos votos válidos, X obterá todos os representantes de W, enquanto que Y não terá nenhum lugar no Colégio Eleitoral. Esse sistema é conhecido como "The Winner Takes It All" ("O Vencedor Leva Tudo").

Soma-se a isso que cada Estado tem uma quantidade própria de representantes determinada proporcionalmente pelo tamanho de sua população. Quanto maior for o Estado, maior o número de representantes no Colégio Eleitoral. Por exemplo, a Califórnia, o Estado mais populoso dos EUA tem direito a 55 representantes, enquanto o Wyoming tem apenas três, o mesmo número que a capital Washington DC.

O sistema, assim, permite que, no final das eleições, Y obtenha mais votos totais que X e, mesmo assim, acabe derrotado no Colégio Eleitoral por ter perdido a disputa nos Estados mais populosos.

Basicamente, quando os eleitores forem chamados às urnas, não vão votar no seu candidato preferido, mas sim em representantes de cada Estado, que vão participar no Colégio Eleitoral, que depois, sim, escolhe o próximo presidente.

Texto redigido por Rita R. (10C).



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